domingo, 7 de novembro de 2010

Do que somos feitos?

Essa é uma pergunta que passa sempre pela nossa mente e já passou pelas maiores mentes que já viveram nesta terra e eles felizmente foram atrás da resposta e descobriram muitas coisas que nem sequer podemos imaginar se apenas olharmos para nossa pele. Não é nenhum mistério nos nossos dias falarmos em átomos. Já faz pelo menos uns 100 anos que essa idéia passou a ser aceita como a melhor explicação para a composição da matéria. O que mudou desde que a idéia de átomo surgiu até os nossos dias é a maneira como esse "átomo" (que deveria ser a menor parte da matéria) se apresenta. Ele já foi uma partícula sólida, depois um pudim de passas, depois um modelo parecido a um sistema planetário com um núcleo central e elétrons orbitando à sua volta. Esse modelo persiste até os nossos dias, entretanto o que seria inicialmente a divisão desse átomo em prótons, neutrons e elétrons mudou muito. Apenas o elétron continua sendo uma partícula elementar, básica. Mas os prótons e os neutrons são compostos de outras partículas, chamadas quarks. As pesquisas no LHC visam estudar melhor os quarks, visto que eles nunca foram detectados sozinhos. Eles estão sempre combinados em outras partículas maiores e ficam confinados no núcleo do átomo. O mapa a seguir apresenta de modo conceitual uma visão das partículas elementares conforme se apresentam hoje.
Clique na imagem para ampliá-la!


Um livro muito interessante que detalha melhor o assunto é: Do que tudo é feito? Gil da Costa Marques - EdUSP

Indice de refração negativo???

No ENEM de ontem apareceu uma questão que deve ter intrigado muitos alunos, senão todos: um material denominado metamaterial que apresentava um índice de refração negativo. Como pode isso? devem ter pensado os alunos. Mas mesmo que, num primeiro momento não fizesse o menor sentido, a questão poderia ser avaliada primeiramente em relação ao ângulo de refração. Para que um indice de refração relativo seja menor que 0 o seno do ângulo de refração deve ser negativo, o que faz com que o ângulo de refração esteja entre 180 e 360o. Além disso, o texto comenta que esse material é chamado de "canhoto", ou seja, esse apelido deve fazer uma alusão ao feixe refratado que .se comporta invertido ao que seria uma refração normal. A resposta correta seria a da figura a seguir. Mas, para que seria usado um material assim? Note que o raio de luz é desviado para além do limite de visualização e desse modo é como se ficasse invisível ao nossos olhos. Portanto esse material poderia ser utilizado para esconder os raios de luz. Que tal um manto de invisibilidade? Interessante não?


                                                 visite:  http://www.inovacaotecnologica.com.br notícia de 28/04/2010

sábado, 18 de setembro de 2010

O que é Física?

Ontem, ao falarmos sobre este blog, minha irmã mais nova disse-me: "Ai por que um blog sobre Física? Ninguém gosta de Física! É muito chato! Porque você não faz um blog sobre o espiritismo, vidas passadas ou algo parecido!" Nisso minha sobrinha de 7 anos perguntou: "Valéria (ela não me chama de tia, graças a Deus), o que é Física? Por que você não faz um blog sobre Matemática?"(ela adora Matemática).
Aproveitando esse gosto que ela tem pela Matemática eu disse a ela que a Física é uma espécie de identidade da Matemática. Para ilustrar mencionei que quando ela faz a conta de 20+10 ela está apenas somando dois números. Mas a Física dá uma identidade a cada número, por exemplo, duas pessoas querem empurrar um objeto e ambas farão esforços na mesma direção e sentido, sendo que uma fará um esforço de 20 e a outra de 10 (não falei nada ainda sobre os Newtons para não complicar). Então qual será o esforço total feito? Ela gostou muito de entender o que é a Física e me pediu que eu calculasse os esforços que ela faz quando pratica ginástica. Ela adora "virar estrela", "plantar bananeira", "espacar", etc. Eu disse que por meio da Física nos podemos sim calcular os esforços que estão sendo aplicados sobre os músculos do corpo, sobre as juntas, sobre a coluna vertebral e que eu vou fazer isso e com certeza postarei aqui.
Como é bom conversar com pessoas que ainda estão com a mente aberta e sem preconceitos. É por isso que eu adoro as crianças!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Liberdade - "Out of my later years" Ciênciaxreligiosidade


Resolvi postar aqui um fragmento de um escrito de Albert Einstein sobre a liberdade que achei muito interessante pois tenta mostrar que a ciência e a religião podem seguir juntas desde que percebam os reais objetivos de suas existências que é conduzir o homem a um estado consciente de pleno conhecimento e liberdade. Ele traz à reflexão o conflito entre o pensamento religioso e a ciência, que permanece forte até mesmo nos nossos dias. Basta lermos o último escrito de Stephen Hawking (um dos famosos e proeminentes físicos da atualidade) e que afirma que a ciência não necessita da existência de Deus, ou seja, Deus é um ser totalmente desnecessário para o entendimento da existência do universo e do homem. Penso que essa assertiva seja um tanto precipitada, quando o homem nem mesmo consegue entender com exatidão como funcionam seus dois principais orgãos vitais: o coração e o cérebro.  O texto do Einstein é interessante, pois tenta compatibilizar as duas correntes de pensamento.
"Se um dos objetivos da religião é libertar a humanidade,
tanto quanto possível, da servidão dos anseios, desejos e
temores egocêntricos, o raciocínio científico pode ajudar a
religião em mais um sentido. Embora seja verdade que a meta
da ciência é descobrir regras que permitam associar e prever
os fatos, essa não é sua única finalidade. Ela procura
também reduzir as conexões descobertas ao menor número
possível de elementos conceituais mutuamente independentes.
E nessa busca da unificação racional do múltiplo que a
ciência logra seus maiores êxitos, embora seja precisamente
essa tentativa que a faz correr os maiores riscos de se
tornar uma presa das ilusões. Mas todo aquele que
experimentou intensamente os avanços bem-sucedidos feitos
nesse domínio é movido por uma profunda reverência pela
racionalidade que se manifesta na existência. Através da
compreensão, ele conquista uma emancipação de amplas
conseqüências dos grilhões das esperanças e desejos
pessoais, atingindo assim uma atitude mental de humildade
perante a grandeza da razão que se encarna na existência e
que, em seus recônditos mais profundos, é inacessível ao
homem. Essa atitude, contudo, parece-me ser religiosa, no
mais elevado sentido da palavra. A meu ver, portanto, a
ciência não só purifica o impulso religioso do entulho de
seu antropomorfismo, como contribui para uma
'espiritualização' religiosa de nossa compreensão da vida.
Quanto mais avança a evolução espiritual da humanidade, mais
certo me parece que o caminho para a religiosidade genuína
não passa pelo medo da vida, nem pelo medo da morte, ou pela
fé cega, mas pelo esforço em busca do conhecimento racional.
Neste sentido, acredito que o sacerdote, se quiser fazer jus
a sua 'sublime' missão educacional, deve tornar-se um
professor.
_____________________________________________________
"Ciência e Religião" (1939-1941) - Págs. 25
a 34. Einstein, Albert, 1870-1955 Título
original: "Out of my later years."

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Aqui você é sempre bem vindo!

Alegro-me que tenha chegado aqui e espero que, de alguma forma, possamos trocar experiências e que nossa convivência seja rica em troca de conhecimentos, idéias, impressões e tudo que diz respeito à Física e suas várias ramificações.