Testar, fazer experiências tem tudo a ver com a Física. Sabemos que essa é uma das ferramentais mais importantes para a comprovação de conceitos e teorias elaboradas pelos Físicos teóricos. Após elaborarem a teoria, é comum buscarem fenômenos que possam comprová-la. Assim também deve ser nas outras áreas da nossa vida. Em 2001 comecei a estudar a Kabbalah (ou Cabala) por ler o livro O Poder da Cabala. Comprei o livro mais por curiosidade e também porque queria encontrar um rumo melhor sobre a origem do Universo e o objetivo da vida na Terra e não tinha conseguido encontrar isso nas várias religiões que conheci.
Logo no início da leitura algo me chamou muito a atenção. O livro dizia: "...a intenção deste livro não é de pregar, mas de humildemente ensinar! Por este motivo, não aceite estas lições cegamente. Tem que haver resultados tangíveis em sua experiência direta. Quando isso acontecer, você sentirá a verdade da Cabala em seu corpo e em sua alma, e virá a conhecer a sabedoria dos mestres em seu coração." Que coisa maravilhosa pensei. Não é como aquela fé cega que espera por uma recompensa futura se fizer tudo certo. E sabemos o quanto é difícil fazer tudo certo! Aqui não é assim. Faça o teste em sua vida agora e comprove!
A leitura toda me ensinou muitas coisas, entre elas a importância de resistir aos impulsos de "receber só para si mesmo" que é o gatilho que dispara a escuridão nas nossas vidas. E a importância de compartilhar e amar as pessoas.
Vou contar aqui a primeira experiência que tive logo ao começar a aplicar os ensinamentos. Devia ser maio ou julho de 2001. Meu irmão ia viajar para fora do país e meu pai ia levá-lo ao aeroporto em São Paulo. O vôo partia às 10 horas e assim meu pai deveria regressar de madrugada. Nessa ocasião fazia três anos que minha mãe havia falecido e meu pai morava com meu irmão e minha irmã caçula que nessa época tinha 19 anos e eu tinha 41. Alguns dias antes, minha irmã se indispôs comigo pois eu, na qualidade de irmã mais velha, lhe chamei a atenção por algumas atitudes que ela vinha tomando em relação ao meu pai. Ela não gostou e discutiu muito comigo me insultou e disse que eu não devia mais ir lá e nem falar com ela.
Naquele dia meu pai me pediu que eu ficasse na casa dele para fazer companhia a ela, pois ele ficou preocupado de deixá-la sozinha. Aceitei e então um pouco antes do meu pai sair eu cheguei com meu filho de 7 anos e coloquei o meu carro dentro da garagem. Percebi que havia um rapaz um pouco mais adiante da casa mas não me importei. Achei que fosse algum morador dali. Logo que entrei meu pai e meu irmão saíram e eu fiquei um pouco na frente da casa observando a rua. Vi quando a vizinha da minha mãe voltou da igreja e ficou conversando com outra pessoa na frente da sua casa.
Entrei e ouvi minha irmã tossindo muito. Fui até o quarto e perguntei o que estava acontecendo e ela me disse que não era nada e que queria apenas ficar sozinha e dormir.
Sai do quarto e fiquei na cozinha e a ouvia continuar tossindo e tossindo. Comecei a lembrar de como minha mãe nos tratava quando estávamos doentes. Ela sempre fazia uma gemada ou um chá de ervas, que eram ótimos. Nos sentíamos acolhidos e amados. Senti pena da minha irmã não ter mais a nossa mãe com ela e pensei: - poxa, eu podia lhe fazer o xarope que minha mãe fazia. Lembrei dos ensinamentos da Cabala que havia lido a respeito de compartilhar e amar e assim decidi deixar as diferenças de lado e preparar-lhe o xarope. Minha mãe costumava usar uma erva chamada "puejo" (não sei se esse é o nome científico, mas foi isso que sempre ouvi). A vizinha costumava ter sempre essa erva, então resolvi ir até a sacada da casa para ver se a vizinha ainda estava lá conversando. Era uma noite fria e estava muito escuro, pois as luzes da rua haviam sido desativadas em função do apagão que assolava o país na ocasião. Quando me debrucei no muro para olhar, dei de cara com seis rapazes, dois deles já estavam com capuz e prontos para invadir a casa, certamente para roubar e talvez nos aterrorizar. Quando me viram se esconderam e foram desarticulados. Entrei imediatamente, chamei minha irmã e juntas começamos a tomar as providências necessárias. Telefonamos para a polícia pedindo uma ronda para a rua e ficamos acordadas e trancamos todas as portas e janelas e deixamos as luzes de fora acesas.
Desde essa ocasião não me lembro de ter brigado outra vez com essa minha irmã. Somos como mãe e filha. Eu a amo muito e sei que ela também me ama. Isso foi para mim uma prova de que ao colocarmos em prática o que aprendemos no sentido de transformarmos o nosso modo de agir para cumprir o objetivo da nossa vida, os resultados sempre aparecem.
Nesses longos anos tive várias outras experiências e provas de que a aplicação desses ensinamentos funcionam, mas não vou comentá-las aqui agora. Houve também a contrapartida, coisas ruins que me aconteceram por eu não ter agido da forma como deveria.
Enfim, meu incentivo a todos que duvidam de que é possível atingirmos a plenitude ainda nesta vida é: teste, realmente funciona! Não aceite o que está escrito cegamente. Experimente!